Se existimos, somos passíveis de sofrimento. Essa é uma condição inerente à experiência humana, especialmente em tempos de incerteza, medo e instabilidade geral. E temos vivido muitos dias assim desde a pandemia como há muito tempo não se vivia, pois estamos diretamente conectados aos acontecimentos do mundo através das redes sociais, mesmo a quilômetros de distância. Mesmo vivendo em um mundo melhor para muitos, aparentemente sofremos mais.
Além do sofrimento natural e inevitável que pode ser existencial ou contextual, muitas vezes acabamos amplificando nossas dores por meio de nossas próprias escolhas enquanto indivíduos. Pequenas ações ou pensamentos diários podem acabar colocando sal na ferida sem que percebamos. A seguir, separamos alguns sinais de que você pode estar potencializando o seu sofrimento:
1. Sentir Culpa pela Falta de Produtividade
Você se sente culpado por não ser mais produtiva(o)? Por não estar fazendo mais, ajudando mais? Talvez você se sinta mal por não ter começado aquele curso online que queria, por não ter iniciado aulas de boxe, ou por não ter arrumado a casa como gostaria. Você pensa em todas as coisas que poderia estar fazendo, mas não consegue agir de forma que respeite suas possibilidades no momento. O seu ritmo, o que seria ser produtivo para você – que pode ser diferente dos ideais de produtividade da sociedade atual.
2. Comparar-se com Outras Pessoas
Você frequentemente se compara com os outros? Sentir que nada do que faz é suficiente enquanto o mínimo que os outros fazem já é o bastante pode gerar ansiedade e a sensação de que algo em você está errado. Que está ficando para trás. Essa comparação constante é um caminho certo para aumentar o sofrimento. Esse comportamento pode ser modificado, dependendo do que você escolhe dar atenção. Um exemplo é regular melhor o uso das redes sociais e que tipo de pessoas acompanhamos nelas. Pode ser um primeiro passo interessante para diminuir os impactos da comparação.
3. Tentar Fazer Tudo e Acabar Não Fazendo Nada
Você faz planos grandiosos sem considerar o que realmente é possível a curto prazo? Quando não consegue realizar todas as tarefas planejadas, isso pode se transformar em um gatilho para um ciclo de ansiedade, culpa e autossabotagem. Planejar demais e realizar de menos pode ser extremamente frustrante e desgastante. É mais interessante dividir seus objetivos baseados em valores seus em pequenos passos, que podem ser feitos a longo prazo de forma sustentável. Priorizar também se torna uma estratégia interessante – quando você se conhece e entende o que é mais importante no momento para você.
Respeite seus Limites
Cada pessoa tem seu próprio ritmo e funcionamento. Suas necessidades, suas particularidades. Invista em tempo para se conhecer, se entender e ai poder agir de acordo com o que é mais importante para você. Respeite o seus limites e dê o melhor dentro das suas condições atuais. Isso também é uma forma de cuidar da sua saúde mental e das pessoas ao seu redor, servindo de exemplo e diminuindo a carga emocional.
Conclusão
O sofrimento inevitável já é o bastante por si só. Não precisamos adicionar mais peso a ele com nossas próprias atitudes e pensamentos. Cuidado com a mente analítica e crítica que nos proporcionou tantas melhorias ao resolver muitos problemas da sociedade. Ela é otima para problemas externos, mas péssima para problemas internos. Nossos pensamentos e emoções não são problemas a ser resolvidos, mas processos psicológicos que pedem para ser sentidos e usados para reflexão. Que possa gerar uma ação pós reflexão que esteja associada ao que é importante para você.
Conte com a Intercambiamente
Ao navegarmos pela vida e lidarmos com o sofrimento, a psicoterapia surge como uma ferramenta valiosa nessa jornada. Ela nos oferece um espaço seguro para explorar formas de conviver com a dor e criar uma vida com sentido mesmo assim. A psicoterapia, portanto, não é apenas um meio de aliviar o sofrimento; é um convite à transformação pessoal e à redescoberta de nossa própria autoafirmação.
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