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Flexibilidade intercultural: saiba que é possível se adaptar sem perder sua autenticidade

Sabemos que se adaptar a novas situações pode ser desafiador, especialmente quando se trata de manter nossa autenticidade. No entanto, é possível cultivar a flexibilidade intercultural sem deixar de ser quem somos. Para isso, é importante entender que a cultura é fluida e que nossas crenças, valores e comportamentos podem ser adaptados a diferentes contextos.

Um exemplo de como se adaptar sem perder a autenticidade é quando uma brasileira vai para os Estados Unidos e percebe que as pessoas são mais diretas e objetivas ao falar, o que pode ser diferente do jeito mais indireto e diplomático de se comunicar no Brasil. Nesse caso, é possível aprender a ser mais assertiva na hora de comunicar mantendo seu estilo pessoal, mais engraçado ou empático, mas ajustando a forma como se expressa para ser mais clara e direta.

Um brasileiro que vai morar na Alemanha, por exemplo, pode aprender a valorizar a pontualidade e a organização, que são muito importantes na cultura alemã, mas sem deixar de lado seu estilo mais descontraído e informal de se relacionar com as pessoas. Para isso, é fundamental ter autoconhecimento e compreender nossos valores e tradições. Isso permitirá que se faça escolhas conscientes sobre o que manter como parte de quem somos e o que pode ser ajustado.

Podemos ter uma abertura a novas experiências e aprender com elas. Mas sem forçar uma absorção completa, porque isso pode gerar sentimentos de tristeza e desconexão, como se estivéssemos tentando nos transformar em alguém que não somos. Para viver uma vida satisfatória no exterior não precisamos abandonar completamente nossa brasilidade. Com o tempo vamos entendendo aquilo que pode ser útil modificar e que hábitos ainda valorizamos e queremos seguir cultivando, como escutar um sambinha ou tomar um mate.

A autenticidade não é algo estático, mas sim algo que evolui ao longo do tempo. Podemos descobrir novos aspectos de nossa identidade ao nos relacionar com pessoas diferentes. Com isso em mente, é possível cultivar a flexibilidade intercultural e enriquecer sua vida com novas experiências.