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Morando no exterior: “Nada é mais assustador do que perder minha identidade”

Morar no exterior pode ser uma experiência emocionante e desafiadora ao mesmo tempo. Imagine chegar em um país desconhecido, sem emprego, sem amigos e com uma cultura complexa. Foi exatamente isso que aconteceu comigo quando cheguei em Barcelona. Nesse texto, vou compartilhar como a migração para um novo país pode afetar a nossa identidade, e como essa mudança pode ser um processo de reconstrução pessoal e crescimento. Leia até o final para saber mais sobre a crise de identidade que pode afetar pessoas imigrantes e expatriadas e descubra como se reinventar em um novo lar.

 

Cheguei a Barcelona sem emprego, sem bolsa de estudos, sem amizades, com um “hola que tal? no espanhol, em uma cultura desconhecida e complexa. Todos os meus “eus” foram modificados. Passei de psicóloga a atendente em uma recepção de residência para estudantes. De morar sozinha para morar com mais gente. Passei de ter planos e saídas o tempo todo para ter todo o tempo livre. Passei de ter relacionamentos presenciais para relacionamentos online. Depois de três anos de Doutorado em Barcelona, deixei o Doutorado. Não era psicóloga reconhecida como tal na Espanha para trabalhar. Passei de ter um emprego a arriscar um projeto autônomo online.

 

Diversas vezes me encontrei me perguntando: quem eu era sem tudo isso? Porque meu trabalho, vínculos afetivos e independência eram parte da minha identidade, me definiam. E agora tudo isso não estava mais comigo. 

 

Quando migramos, surge uma sensação de “folha em branco”, de “renascimento”, de “ar fresco”; mas também pode trazer outras sensações como a perda de identidade.

 

imigrantes e identidade

 

É idealizado acreditar que a mudança de país será suave e que não teremos dúvida sobre nós e sobre o que estamos fazendo. Mas que sejam bem recebidas essas dúvidas, porque embora causem dor e nos desestabilizem emocionalmente, essas perguntas nos levam a repensar onde estamos e para onde queremos ir. Elas nos convidam a não viver no automático, nos dando a possibilidade de mudar e nos reinventar.

 

Pode acontecer de nossa identidade passar por um processo de reconstrução, onde as novas experiências como migrantes ou expatriadas/os modificam e expandem nossa pessoa. Não somos os mesmos de antes e ainda estamos descobrindo quem somos agora. Viver uma vida fora do Brasil nos apresenta novas versões de nós mesmas/os.

 

Além disso, é importante poder contar de onde somos, o que fazíamos. Transmitir quais são nossos costumes, tradições. É importante contar nossas histórias. Compartilhar sabores próprios das brasilidades. Tudo isso faz com que nos sintamos um pouco mais enraízados/as e próximas/os.

 

Também é valido lembrar que a adaptação não é um processo linear e que cada pessoa lida com as mudanças de maneira diferente. Algumas pessoas podem se sentir em casa em um novo país desde o primeiro dia, enquanto outras levam mais tempo para se ajustar. Também entender que somos seres evolutivos e que as mudanças não precisam ser ruins, mas precisam de tempo para serem aceitas, acomodadas e reoganizadas dentro e fora da gente. É importante ter paciência consigo mesma/o e se permitir sentir as emoções que surgem durante a transição. E, quando necessário, permita-se buscar apoio emocional a familiares, amizades, grupos de imigrantes e/ou a profissionais de saúde mental.

 

 

Como vocês se sentiram quando migraram ou se expatriaram? Tiveram a sensação de ter mudado? Você passou por uma crise de identidade? Comente aqui embaixo.

 

 

Um abraço da Psi Luiza Sbrissa, Psicoterapeuta em Barcelona

 

 

Se você se identificou com os assuntos abordados neste texto e gostaria de aprofundar-se no autoconhecimento através da psicoterapia online, entre em contato com uma de nossas psicólogas clicando aqui, marque uma sessão ou tire suas dúvidas sobre a psicoterapia online.

 

 

 

Quem escreve:

 

Luiza Sbrissa é Psicoterapeuta especializanda em Terapia de Aceitação e Compromisso e Mindfulness, e se dedica a ajudar brasileiros/as e hispanohablantes que vivem no exterior a melhorar sua saúde mental e bem-estar. Com formação em Psicologia e Mestrado pela Universidade Federal de Santa Maria no Brasil, Luiza tem experiência em pesquisa na Espanha em temas como Psicologia Social, migrações e estudos feministas, o que traz uma perspectiva interdisciplinar e multicultural para o seu trabalho como Psicoterapeuta. Ela oferece suporte online a pessoas em todo o mundo, ajudando-os a desenvolver habilidades para lidar com emoções difíceis e construir uma vida mais plena e satisfatória. Seu objetivo é fornecer um espaço seguro e acolhedor para que a pessoa possa explorar seus pensamentos e sentimentos, descobrir seus valores e aprender a agir de acordo com eles.

 

 

 

 

 

 

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