Há algum tempo lançamos uma enquete nos stories sobre o que de fato é importante para as pessoas em viagens e, é claro, as respostas foram variadas. Não existe uma resposta única porque não existe uma única forma de viajar, não é sobre certo ou errado, mas sobre a forma que você se sente mais confortável de acordo com o que é importante para você (e para as pessoas que estão com você nessa jornada, se esse for o caso), dentro das suas condições no momento. checklist de viagens
Questionar o que de fato é importante para as pessoas é questão frequente na clínica. Seja para traçar objetivos ou para entender se estamos indo na direção que aproxima a pessoa disso.
Na minha última experiência de viagem para Amsterdam…
eu voltei a me questionar sobre isso de uma forma diferente. A minha primeira visita a Amsterdam foi há 10 anos atrás. Uma experiência totalmente diferente da segunda. Na época, minha estadia foi a metade dos dias se comparado com a segunda, mas lembro de ter visitado o dobro de lugares, com menos tempo em cada, é claro. Quando eu olho para essa experiência de 10 anos atrás eu presumo que o que era importante para mim era conhecer todos os pontos turísticos do lugar e registrá-los na minha câmera fotográfica. Se eu penso nessa experiência, eu lembro da minha ansiedade de “vencer” todos os pontos turísticos do mapa (que logo no aeroporto tínhamos acesso).
Naquele momento eu imagino que o mais importante para mim era o registro, a “maratona”, e está tudo bem. Contudo, percebi algo curioso nessa situação: na minha segunda ida a Amsterdam fui em alguns dos lugares que até então eu já conhecia, mas não tinha a lembrança, era como se fosse a primeira vez (mas eu tenho fotos que provam o contrário). A idade não ajuda e já se passaram 10 anos? Pode ser. Porém, essa reflexão me instigou a pensar em duas coisas: do quanto eu estava desconectada do presente, na ansiedade do que estava por vir e eu precisava cumprir, e de que o que é importante hoje pra mim mudou (ou eu estou mais consciente).
A questão é que é fácil cair no ciclo dos “devos” e “tenho que” nesses momentos. Se você digita no google “pontos turísticos em ‘x’ surgem várias opções ou se você pede sugestão para um amigo que já esteve no lugar surgem outras opções. Mas o que de fato é importante pra você? Você “tem que” o que?
Nesses momentos estar consciente de como você se sente nessas experiências e se essas emoções estão de acordo com o que você está buscando sentir nesses momentos pode te ajudar a fazer escolhas mais compatíveis com isso.
Você “tem que” ou você “gostaria de”?
São coisas diferentes. Entenda a diferença dessas duas sentenças e permita-se pensar sobre isso. Viajar é incrível, mas é também um investimento financeiro, de tempo e muitas vezes você abdica de outras coisas para isso. Permita-se tirar o melhor proveito dessas experiências.
E se quiser conversar sobre isso, manda uma mensagem pra gente.
por Daniele,
psicóloga do intercambiamente na Irlanda